Podemos nos deparar com histórias bizarras e estranhas mundo a fora.
O último post falou de um cara que era assombrado por uma fantasma sem face.
Hoje vou falar sobre um grupo de pesquisadores nucleares que foram até as redondezas de Chernobyl...
Nazhyl
Chernobyl. Eu tenho certeza que
você já ouviu este nome antes. O desastre nuclear mais mortal da história. Mas,
não estou aqui para te dar uma lição de história. Estou aqui para te contar uma
história. Essa foi minha experiência em Chernobyl.
Meu nome é Mike. Faço parte de um
grupo de pesquisadores canadenses/americanos que estudam o uso de energia
nuclear. Além de mim, tem o Joe, o Barry, O Ryan, a Christina, a Sandy, a T.
J., o Lee e o Tom.
Minha equipe é mandada por todo o
mundo para estudar usinas e fornecer dados para companhias principais. Somos
famosos por sermos rápidos e eficientes.
Um dia recebi um telefonema de
meu amigo Brett. Ele é o cara que arranja todos os nossos trabalhos. Ele me
conta que minha equipe está sendo convidada a trabalhar na Europa. Na Ucrânia,
para ser exato.
Não precisei de nenhum detalhe a
mais para saber aonde seriamos enviados. Era a usina de Chernobyl, ou antes
era, a área em volta ficara fechada desde então. Brett nos deu o plano: entrem
lá, peguem algumas leituras, gravem os dados e saiam de lá.
Trabalho simples, certo? Supus
que esse era um bom momento para trazer aquelas novas e caras roupas
antirradiação que nós conseguimos na última semana. São grandes e desajeitadas,
mas irão nos dar umas horas a mais próximos a Chernobyl do que as roupas
antirradiação comuns.
O voo para a Ucrânia foi calmo.
Aterrissamos e encontramos nosso guia do lado de fora do aeroporto. Ele nos
levou a um hotel local aonde passamos a noite. Ele nos conta que levará mais um
dia para chegarmos ao nosso destino. Perguntei a ele se já esteve lá, mas ele
estava hesitante em responder. Ele me disse, com um sotaque russo carregado,
“Tem muitas coisas estranhas lá...
Muitas... Coisas...” Ele pegou um
atalho e se negou a responder qualquer outra pergunta. Nunca estive em Chernobyl,
então estava muito curioso, mas ao mesmo tempo inquieto. Não consigo dizer
porquê. Era apenas uma cidade abandonada, certo? Na manhã seguinte , seguimos
até Pripyat, a cidade ao lado da usina.
Nós trabalharíamos dali em
diante. Conforme nos aproximávamos da cidade, vi lembranças assustadoras de que
a cidade uma vez fora cheia de vida. Apartamentos vazios, casas, construções
para o lazer, que continuavam perfeitamente preservadas. Chegamos à zona de 30
quilômetros de exclusão envolta de Chernobyl. Lá nosso guia disse, “Não
seguirei adiante”. Ele nos acenou um tchau conforme nós adentrávamos os bairros
desolados de Pripyat.
Imaginei que era um bom momento
para colocarmos as roupas antirradiação. Dirigimo-nos para o centro da cidade.
Na hora estava ficando escuro, como levamos o dia todo para chegar lá.
Equipamos-nos e eu nomeei pares para cada um. Barry com a Christina, Joe com o
Ryan, Sandy com o Tom e finalmente a T. J. junto do Lee foram comigo. “Preso
com você? Maldição”, T. J. brincou. Ela era uma garota ousada e era uma boa
figura humana.
Eu gostava dela. Já o Lee, ele
era o novo acréscimo à equipe, então tive que avaliar as aptidões dele eu
mesmo. Dei a cada membro rádios comunicadores para manterem contato um com o
outro. Cada equipe recebeu um bloco especifico da cidade para cobrir e
trabalhar. Conforme nós fomos saindo, vi algo se movendo na janela do terceiro
andar de um prédio. Não ficou parada por tanto tempo, então dei de ombros e
supus que era um animal. Não pude acreditar no quão calmo tudo estava. Sem
quaisquer movimentações. Até o vento parecia estar parado. Estava quieto, bem
quieto exceto pelo som que vinha de nossos respiradores.
Chegamos a uma grande construção
que parecia um tipo de oficina. Gesticulei para a T. J. e para o Lee. “Vamos
entrar lá, pegaremos algumas amostras lá” disse a eles. Conforme me aproximar
da construção, comecei a ter uma sensação sinistra. Como se estivéssemos sendo
assistidos. Como se não estivéssemos sós. Empurrei a porta de ferro enferrujada.
Liguei a minha lanterna, T. J. e Lee me seguiram. “Wow. É como se eles tivessem
abandonado este lugar ontem”, disse o Lee. Ele estava certo.
As máquinas continuavam em
posição. Fiz minha lanterna cintilar o caminho em diante. O facho de luz foi longe,
pelo menos uns 30 pés, e no fim vi uma porta. Melhor investigar enquanto
estávamos lá, pensei comigo mesmo. “T. J. você fica aqui e arruma o
equipamento. Me chame pelo rádio se precisar de ajuda.
Lee, vamos verificar aquela
porta.” T. J. resmungou. Ela odiava ser deixada para trás. Nos aproximamos da
porta. Estava no fim de um longo corredor., mais ou menos uns 30 ou 40 pés. A
tinta estava descascando das paredes, dando ao lugar todo um sentimento de
abandono. Cuidadosamente, abri.
“Lee, como está a radiação?”,
perguntei.
“Soma de 30 por minuto. Nós
devemos ficar bem.”
Nós entramos. Era uma escadaria,
levando a um tipo de porão. Com a minha lanterna iluminei a continuação da
escadaria, mas continuava escuro como breu. Comecei a ponderar se deveria ou não
descer. Minha curiosidade foi maior. Vagarosamente desci para dentro da
escuridão. Olhei em volta.
“Ei, o que é isso?” Lee
perguntou. Ele estava apontando sua lanterna para um tipo de tanque retangular.
Parecia um tanque de peixes, quase. A sala era grande, com maquinários
espaçados uniformemente por toda parte da sala. Provavelmente fora uma pequena
fábrica. Pelo canto do meu olho, vi algo se mexendo no canto esquerdo mais
distante da sala. Rapidamente apontei minha lanterna para aquilo. Nada.
“Você viu aquilo?”
“Vi o que?”
Lee estava claramente encantado
com o tanque de peixes. Ele provavelmente perdeu de ver, mas eu concerteza não.
Seja lá o que fosse, era rápido. Olhei em volta, procurando por qualquer porta
ou entrada. Parecia ser apenas um porão comum. Disse a Lee para que ele parasse
seu fascínio com o tanque de peixes e subir as escadas. T. J. ainda estava
arrumando os dispositivos de medida e gravação quando chegamos.
“Acharam Algo?” Ela perguntou.
“Não. Só uns experimentos
estranhos feitos por Cientistas soviéticos malucos.” Ela olhou para mim com
espanto.
“O.K., se você realmente quiser,
podemos ir checar aquele hospital abandonado no outro quarteirão. Isso te faria
feliz? Podemos deixar o equipamento aqui gravando enquanto estivermos fora.”
“Você é o melhor Mike!” Ela me
agarrou e me abraçou. Eu resisti a tentação de pegar na bunda dela.
Informei ao resto da equipe a
nossa localização e seguimos direto para o hospital. Nunca fui muito fã de
hospitais, graças a um certo acidente durante minha adolescência que quebrou
minha perna, duas das minhas costelas e fraturou meu osso do quadril. O fato de
o hospital estar abandonado, infectado e escuro como o nada não ajudou muito. Quando
estamos, senti um frio subir pela minha espinha. Uma onda de vento passou por
nós. A nossa frente estava a mesa de recepcionista. Atrás estavam os
elevadores. De cada lado tinha dois corredores e próximo a eles haviam escadas.
Começamos a subir, quando começamos a ouvir gritos, vindo de cima.
Foi alto pra cacete, tive que
tampar meus ouvidos. Mas, quem poderia ter sido? Tinha certeza que não tinha
ninguém lá além de nós. Olhei para T. J. e depois pro Lee. Ambos pareciam
gélidos “Deveríamos verificar”. Nenhum dos dois se mexia. Achei que tinha de ir
primeiro. Parei diante da porta, o número do piso estava borrado e estava em
Russo de qualquer forma.
Contei os andares que nós
passamos e estava certo que era o 4º andar. O andar de onde veio o grito. Eu
coloquei minha mão na maçaneta. Caramba, estava muito fria. Apesar de ser
verão. Abri a porta, e uma onda forte de ar frio passou por mim. Mas que droga
estava acontecendo naquele hospital? Peguei a minha lanterna. Liguei-a e de
repente outro grito cortou o hospital inteiro. Era a T. J.
“Oh meu Deus! Puta que o pariu!”
ela gritou, “Eu acabei de ver uma pessoa aqui em cima!” Ela apontou para o topo
da escadaria. Apontei minha lanterna para lá. Nada, de maneira previsível. Mas,
seja lá o que fosse, chocou T. J. poderia ser a mesma coisa que eu vi quando
chegamos aqui? Ou a coisa que eu vi no porão da oficina? De qualquer forma,
adentrei o quarto andar.
Era um andar assustador para
caramba! O quarto andar era um corredor central, de ponta a ponta do hospital.
No meio havia outro corredor que levava ao lado direito do prédio. O corredor
todo era de uma tonalidade escura azulada. Tinha cascalho por todo o chão e a
luz da lua passava por vários buracos nas paredes. Quartos diferentes foram
espaçados uniformemente.
“Sério... por que estamos fazendo
isso?” Lee perguntou. Boa pergunta, pensei. Mas, fomos tão longe e eu tinha que
descobrir de onde o grito veio. Cheguei a um certo quarto que prendeu minha
atenção. Era uma sala de operação. No meio dele ainda tinha uma mesa de
operação e instrumentos de cirurgia ao lado.
Maldição, pensei, azar de quem
quer que estava nesta mesa quando tiveram de evacuar. Olhei em volta, tinha
alguns armários, uma cadeira, uma janela mais a frente e uma pia. E dentro da
pia tinha... uma boneca! Mas, era quase nova. O plástico estava quase novo e o
cabelo não tinha nenhuma sujeira. Como? Como isso era possível? Foda-se.
“Tá bom pessoal, vamos dar o fora
daqui.” Me virei. T. J. estava lá, mas Lee tinha desaparecido. “Onde ele foi?”
perguntei. T. J. parecia tão confusa quanto eu. Ok, isso era estranho. Lee não
sairia sozinho.
“Lee, melhor você vir para cá
cara, estamos indo embora.”
Chamei ele pelo rádio. Nenhuma
resposta. Não pude acreditar nisso. Perdemos um membro da equipe? Impossível,
ele dever ter ido explorar ou algo assim. Então repentinamente, aquilo apareceu
de novo. Á esquerda do fim do corredor, algo sombrio. Totalmente sombrio. Como
um maldito buraco negro! Tentei refletir minha lanterna naquilo, mas as
baterias acabaram instantaneamente. Estava se aproximando... Lentamente.
Agarrei a T. J. e corri para o outro lado. Quase atravessei a porta do outro
lado da escuridão. Tentei mover a maçaneta, mas ela não se movia. Olhei para
traz, para a massa sombria. Tinha mudado de forma... Parecia um corpo humano.
Pude ver uma silhueta, ombros, braços... Apenas a cabeça estava malformada.
Continuava andando em nossa direção, chegando mais perto a cada segundo.
“Mike!” T. J. estava tremendo.
“A porta está emperrada, não
consigo movê-la!”
Foda-se a maçaneta, derrubei a
porta na base do chute e nós saímos correndo. Olhei novamente para traz e a
figura não estava a mais de 6 ou 7 pés de distância da gente. E vi de relance,
para cima e vi algo. Era o... Lee? Maldição era! Pude dizer isso devido a roupa
antirradiação branca. Chamei pelo rádio.
“Lee, desça agora aqui agora,
porra! Rápido!”
Não recebi nenhuma resposta. Olhei
para trás de novo. A figura tinha sumido. Por mais que eu quisesse dar o fora
do hospital, não podia deixar um membro da minha equipe para traz. Ele podia
estar machucado, ou pior.
“T. J., temos que ir para cima.”
Tentei soar confiante. “Mike...” Ela não gostou assim como eu. Mas, nós dois
sabíamos que isso teria de ser feito. Lentamente, subimos as escadas. A cada
passo que eu dava, esperava ver a figura sombria. Esperava que aparecesse do
nada e nos arrastasse para longe e nunca mais sermos encontrados. Nós
alcançamos o piso 5, então o 6. Era só comigo, ou estava ficando mais escuro o
mais longe que subíamos. Era muito assustador.
No sétimo andar, achei uma
boneca, como aquela que achei na sala de operação. Exceto que essa tinha um
olhinho pendurado e suas roupas estavam rasgadas. Estava apenas... Sentada lá,
bem no meio da escadaria. Como se fosse um aviso. Apertamos o passo.
Chegamos ao nono andar. Esse
tinha que ser o andar que Lee estava, pois era o andar mais alto. Olhei em
volta para procurar ele e achei algo. Havia uma grossa camada de poeira no chão
e nesta poeira tinham pegadas.
“Mike, parece que alguém veio até
aqui descalço...” a T. J. falou.
Ela estava certa. As pegadas
tinham o formato distinto de pés descalços e dedos. Eram muito pequenas para
serem de um homem, mas como isso era possível? Uma criança, andando até aqui
sem uma roupa antirradiação? Isso é loucura! Puxei um bastão de iluminação da
minha mochila. Seguimos as pegadas que nos levaram a uma sala grande.
Lá dentro tinha muitos berços,
então supus que era um berçário. A luz verde do bastão projetou uma estranha
sombra através da sala. Só que... Não era nossa. Estava indo na direção oposta
das nossas sombras! Começou a se mover, lentamente ficava maior e maior. Logo envolveu
a sala inteira, como se estivesse tentando nos engolir.
“T. J. vamos cair fora daqui
agora!”
A sombra nos seguiu. Puxei T. J. enquanto
descia as escadas. Não importava o quão rápido corríamos, parecia que aquilo
estava ganhando. A escuridão engolia cada andar que ela passava. Apressadamente
chegamos a entrada e derrubamos as portas de entrada. Conforme nós saíamos um
grito estridente saiu. Foi tão alto, que toda a equipe ouviu, mesmo estando espalhados
com mais ou menos meia milha de distância de cada um.
“Jesus Cristo... O que foi isso? Isso
veio do hospital?” pude identificar que era o Joe com sua voz profunda.
“Sim, Joe... Uma merda de sombra
assustadora está dentro daquele hospital.”
“Você está bem chefe?” o leve sotaque
francês do Barry o entregou.
“Eu estou bem e a T. J. também,
mas nós... Não conseguimos encontrar o Lee.”
“O que aconteceu? Quer nossa
ajuda pra procurá-lo?”
“Não... Seja lá qual for a merda
que tem naquele hospital, não nos quer lá dentro com aquilo. Acho que levou o
Lee.” As palavras pareciam pedras na minha boca, foi muito difícil colocá-las
para fora.
“Todo mundo, vamos nos
reencontrar no acampamento de base. Guardem seus equipamentos.” Hora de dar o
fora daqui. Já aguentei demais dessa droga. Quando nos reunimos, ouvi relatos
interessantes das outras equipes. Todos alegaram ter visto uma figura escura,
olhando para eles de longe. Nós partimos imediatamente.
Nós alertamos as autoridades
locais sobre nosso colega de equipe perdido e eles disseram que iam cuidar
disso. Eles pareciam estar com medo de ir na cidade abandonada ou eles
simplesmente não queriam ser incomodados buscando um estrangeiro perdido. Dirigindo
de volta ao aeroporto, encontramos nosso guia novamente.
Ele perguntou como foi a nossa
estadia e eu expliquei a ele todos os ocorridos em Pripyat. Ele simplesmente
assentiu com a cabeça e disse “Essas cidades e as vilas em volta da usina de
Chernobyl... Todas tem as mesmas marcas nos mapas.”
Ele estava certo. Todos os pontos
em volta da usina estavam marcados como “Nezhl” nos mapas. Perguntei a ele o
que a palavra significada, mas eu já tinha uma ideia. “Significa... Inabitado.”
Não. Essas cidades não estavam
inabitadas. Vivos ou não, mas definitivamente tinha algo lá.
Fonte: Creepypasta Wiki
Fonte: Creepypasta Wiki
Até a próxima postagem galera e não se esqueçam de espalhar o medo!
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