Podemos nos deparar com histórias bizarras e estranhas mundo a fora.
No último post, vimos uma explicação de o que faz com que as pessoas agirem muito diferente de si.
Na história de hoje, teremos a primeira parte da história de uma tropa que foi resgatar uma nave que estava vagando no espaço...
A
Queda de Alexia Parte 1
“Os
vetores mais próximos estão travados, estamos prontos pra arrebentar, Capitã.”
“Certo
Brakes**Freios**, leve-nos lá para dentro, vamos ver com o que estamos
lidando.”
“Com
prazer, senhora.”
O choque
repentino dos propulsores recuando sempre fizeram Sinclair ficar meio tonta, na
verdade ela nunca gostou de viagem no espaço, mas a carreira era tradição de
família, tanto sua mãe e pai serviram a Armada Imperial Terran e seus avós
também serviram antes deles.
Eles
nunca a perdoariam se ela se recusasse a participar.
“5000
metros.”
“Certo,
meninos e meninas, vocês sabem aonde ir, prendam-se nas cintas de segurança.”
Após a
ordem de sua capitã, a pequena equipe do TIS (Terran Imperial Ship**Nave
Imperial Terran**) “Spitfire” foram aleatoriamente e meio desconfortáveis para
seus acentos e colocaram seus cintos de segurança, acoplar era uma experiencia
desprazerosa e insegura numa nave tão velha quanto a Spitfire.
“4000
metros.”
“Relatório,
Gizmo.”
“Todos
os sistemas estão bem, capitã.”
“3000
metros.”
“Brakes,
está ficando muito quente.”
“Estou
no topo disso, Pinball, 2000 metros.”
“Brakes,
diminua a nossa velocidade... Tony! Diminua a porra da velocidade, agora!”
“Como
você quiser, senhora, revertendo os propusolres de manobra... 1000 metros.”
...
...
“500
metros.”
“Ligue
as braçadeiras acopladas, preparem-se para o impacto...”
Acoplar
sempre foi difícil, a Spitfire foi adaptada com braçadeiras acopláveis e um
“cordão umbilical”, e foi convertido em uma nave de operações de busca e de
resgate após ter ficado obsoleta para batalhas e patrulhar.
“200
metros.”
Alguns
segundos depois veio a sacudida das braçadeiras se conectando, junto do baque
alto do engatilhamento no casco.
“bom
trabalho pessoal.”
“Nós
podemos descobrir o que diabos estamos fazendo aqui no fim do nada, Capitã.”
“É,
vamos Capitã, essas jornadas levam seis meses, mesmo com o lançador, vamos
apen...”
“Já
chega! Agora me escutem, essa é uma operação de busca e resgate, mais ou menos um
ano atrás perdemos contato com a TIS Alexia, como vocês provavelmente sabem
essa é a maior, mais rápida e a melhor nave que já mandamos, ela foi além, mais
rápido que qualquer outra nave da frota, então, estamos aqui para descobrir o
que aconteceu com ela.”
“E por
que a gente não podia saber disso antes de chegar aqui?”
“Porque
eu fui incubida de manter nosso objetivo em segredo até chegarmos aqui, e isso
é tudo.”
“Certo, calem a
boca, Holy Man**Homem Santo**, Sister**Irmã ou Mana**, Pinball, vocês vem comigo,
Gizmo, Brakes, quero que vocês peguem as suas porcarias, vamos precisar de
vocês, não sabemos em que condição a nave vai estar, Ronin**ou é Ninja Errante
ou Estudante que Repetiu e vai continuar tentando**, No-Mates**Sem Amigos**,
vocês protegem as portas, ninguém deve entrar na Spitfire, todos tem suas
ordens, mecham-se pessoal.”
Era óbvio, à partir do momento que eles viram o portão de
ancoragem, que a nave estava funcionando com energia auxiliar.
“Gizmo, o portão está sem energia, você pode abri-lo de
dentro da Spitfire?”
“Já estou fazendo isso, senhora.”
Sinclair era próxima de sua equipe, em meio a apelidos,
mesmo fora dos serviços, acabavam substituindo “Capitã” por outro apelido. Não
era surpreendente, dado o fato de que eles passavam meses, até anos juntos em
condições limitadas da pequena nave.
Por mais que a humanidade tentasse, e ainda estava tentando,
ainda não conseguimos quebrar a FTL**Faster Than Light, no caso acho que seria
se manter em velocidade da luz numa viagem intergalática**, chegamos muito
perto, mas ainda leva 6 semanas para chegar na colônia em Marte vindo da Terra.
A Europa Science Station**Estação Científica Europa** era o
último posto avançado humano, o Empire**Empério** estava tentando montar uma
estação no extremo do sistema solar, como posto de defesa avançada e
R&R**Remove and Replace, uma espécie de lugar para desenvolver e fazer
upgrades** para tarefas pessoais e de longa duração(geralmente naves patrulha)
envolta das extremidades do sistema, o Empério estava realmente paranóico
apesar de nenhum extraterrestre ter sido encontrado.
As grandes portas do portão de ancoragem se abriram, com
luzes de aviso e pequenos neons piscantes no painel de controle ao lado.
“Era isso, Capitã?”
“Era isso sim, senhor Gizmo.”
Após apertar alguns botões as grandes portas se abriram
completamente. O choque da atmosfera entrando e comprimindo a conexão umbilical
das duas naves, quase empurrou os quatro de volta para a Spitfire.
Com apenas alguns gestos de mão da capitã, os dois oficiais
de segurança, Sister e Pinball, posicionaram-se um de cada lado da porta de
segurança, pistolas XV-22 apontada para as direções, verificando os corredores
tranversais que estavam perto da entrada.
“Sister, o que você vê?”
Sister olhou para o pequeno painel de sua roupa de
contenção, medindo a atmosfera e avaliando o estado da nave.
“A energia principal acabou Capitã, mas o suporte de vida
ainda está funcionando, está no mínimo, tem ar bom, velho, mas está bom, a
gravidade está um pouco abaixo do normal, 0.9 g, não deve ser um problema.”
“Holy Man?”
“Será difícil achar sobreviventes Capitã, mas é possivel.”
Holy Man era o médico oficial, um católico fervoroso, meio
fanático, mas era um homem de bem.
“Alguma ponte de comando?”
“Dois lances pra cima Capitã, elevadores não estão
funcionando, então teremos que ir pelas escadas.”
“Ótimo, qual o caminho?”
A voz de Gizmo veio pelo comunicador. “Lado esquerdo capitã,
fim do corredor.”
“Certo, Pinball você está protno, pode entrar.”
A nave estava uma bagunça, sinais óbvios de tiros de
pequenas armas, danos causados por explosões, mesmo assim nenhum corpo. O som
de seus póprios passos naquela nave que parecia estar vazia ecoava em todos os
cantos escuros, o pequeno faixo de luz gerado de seus capacetes e armas só
iluminava pequenas partes do corredor que aumentava o desconforto.
“Nada.”
Pinball estava obviamente nervoso, ele era um homem
inabalável, vê-lo nervoso era perturbador para os outros.
“Gizmo, Brakes, vocês estão prontos? Vamos precisar de
habilidades de engenheiros aqui embaixo.”
“Quase prontos, senhora, só estamos pegando o último dos
nossos aparelhos.”
“Certo, Ronin, No-Mates, fechem a Spitfire e escoltem eles
para a ponte, nós veremos o que conseguimos fazer enquanto isso.”
“Sim, senhora.” Veio a resposta pelo comunicador.
A escadaria para as plataformas superiores eram uma visão
perturbadora, foi bloqueada as pressas, apesar de não haver sinais de que a
barricada fora atacada, tinha traços de sangue que tinham vazado vindo do outro
lado e que a um bom tempo tinham virado marcas secas.
“Possivelmente acidentes.” Sinclair disse para o resto da
equipe.
...
A falta de respostas era estranha.
“No-Mates, relatório.” ... “Relatório!”
“Gizmo? ... Brakes? ... Ronin?”
No momento que Sinclair terminava de dizer a última sílaba
uma grande explosão balançou a nave, derrubando eles, só o Pinball (sendo um
homem muito forte) permaneceu de pé, apesar de ter encostado na parede, então
veio a descompressão e o peso da situação acertou-os.
Por sorte as botas magnéticas automaticamente se prenderam e
firmaram-se no chão. Eles ouviram o barulho, um rangido das portas de segurança
danificada se fachando e então um “clang”**onomatopéia** delas se fachando
magnéticamente.
“Ronin! Gizmo! Vamos pessoal, digam-me o que foi essa merda
que acaba de acontecer?”
O comunicador ficou estalando por um tempo, parecia sem
vida, por alguns segundos, então eles ouviram, a voz dolorida e rouca de Ronin
veio do comunicador.
“Sinclair... Beth eu... Ainda estou... Aqui...”
“Ayumi! Aonde você está?” No choque da situação eles
voltaram a falar os nomes.
“Eu estou... Ugh...”
“Fale comigo, Ayumi.”
“Sim, eu tô... Perto das portas de segurança, os outros
estavam...”
...
“Estavam...? Estavam o que?”
“Ainda na ponte “umbilical” capitã, eles se foram.”
Sinclair ficou quieta por alguns segundos.
“Nós devemos voltar pra ela, Capitã.”
“Não precisamos Sister, Já estou indo para perto de você.”
Passou mais ou menos um minuto até Ronin estar com eles, ela
estava mancando um pouco, mas insistiu em dizer que estava bem.
“Que droga aconteceu lá, Ronin?”
“Eu não sei, senhora, eu estava vigiando o corredor
esperando pelos outros que vinham com a caixa grande de ferramentas que eles
sempre carregam, então...”
“Então o que? Por Deus, Ronin o que aconteceu?”
“Bom... Capitã, pensei ter visto algo passar por mim, mas...
Não tinha nada lá, então a Spitfire simplesmente...”
...
“A Spitfire já era...” Um sussuro inacreditável veio tando
da Sister quanto do Pinball.
“Puta que pariu... Certo pessoal, nós temos que correr,
vamos lamentar depois, agora temos que fazer a nave funcionar, é o nosso único
jeito de chegar em casa agora...”
Ordenando que Sister e Ronin ficarem de guarda, Pinbal, Holy
Man e Sinclair começaram a derrubar a barricada que levava a ponte de comando,
seus pequenos fachos de luz não fazendo nada para aliviar a tensão na nave
abandonada.
“Que porra aconteceu com a Spitfire?”
Ninguém respondeu a pergunta de Holy Man e continuaram a
derrubar. Sinclair tinha uma terrivel sensação de que algo estava olhando pra
ela, mas ela não queria preocupar os outros mais do que els já estavam, então
ela permaneceu em silêncio.
Conforme a barricada caia eles esperavam corpos, mas não
tinha nada, nenhum cadaver, só algumas tubulações quebradas, capsulas, e
manchas marrom/vermelho secas, algumas no chão, outras esparramadas na parede,
seja lá o que aconteceu lá, foi inacreditavelmente brutal.
“Mas, que porra aconteceu nessa nave?” Sister estava ficando
histérica e já estava fora de si, ela era uma mercenária madura, no começo de
seus 40 anos, com muita experiência em suas mãos.
“Acalme-se, Sister.”
“Me acalmar? Que porra você quer dizer com me acalma...”
A fala dela foi cortada pela palma da mão de Sinclair, que
tampou sua boca, Sister apenas encarou-a por alguns segundos, então deu um
passo para trás, respirou fundo e consentiu com a cabeça para sua capitã.
“Certo, vamos continuar pessoal.”
“Eu irei primeiro!” Houve um alívio perceptível quando eles
ouviram Pinball dizer essas 3 palavras. O resto da nave não estava num estado
melhor, tendo que derrubar mais duas barricadas a caminho da ponte de comando,
mais marcas velhas de sangue, uma que cobria uma parede inteira, até aonde suas
pequenas lanternas alcançavam, mas até o momento nenhum corpo, agora parecia
óbvio para eles que não havia nenhum sobrevivente naquela nave maldita.
Finalmente chegando as portas de segurança que levavam pra
ponte de comando, eles a encontraram seladas, isso significava próvaveis
sobreviventes.
“Abra essa porta”
“Sim senhora, mas sem o Gizmo e o Brakes isso pode levar um
tempo.”
“Certo, você sabe o que fazer, Sister, Pinball,
posicionem-se ali e ali.” Apontou para as duas melhores posições defensivas no
topo da escadaria.
“Ronin, arma apontada para aquela porta, nós não sabemos o
que nos espera lá.”
“Holy Man, começe por aquelas portas.”
Por minutos que não pareciam acabar eles esperaram, os dois
defensores quase sem se mover, olhando para o pequeno espaço iluminado por suas
lanternas, ninguém falava, eles quase não se atreviam a respirar, Sinclair
podia ver Ronin olhando sobre seus ombros para a escadaria a cada poucos
segundos.
“Ronin, as portas...”
“Sim senhora, desculpe senhora.”
O som repentino de portas estremecendo fez com que todos
eles dessem um pulo, um pequeno porém horrível gritinho de menininha escapou
dos lábios de Sinclair, a constrangendo muito, ninguém disse nada mas, dava
para ver que ela viu que Holy Man estava com um pequeno sorriso irônico
estampado no rosto.
“Você fez isso de propósito seu filho da puta!”
“Não.”
“Não me venha com “não”, seu...” Sinclair interrompeu a
própria fala e deu um leve suspiro, voltando a sua mente militar.
O alto barulho vindo das portas se retraindo por completo
para dentro da parede fez um eco metálico que pareceu tremer toda a nave, pareceu
que se algo estivesse na nave, agora sabia que eles estavam lá.
“Capitã...” Um sussurro suave veio dos lábios da Ronin.
“O que...”
Sinclair olhou para a soldado mais jovem, ela estava
olhando, olhos bem abertos olhando para a porta.
Os olhos de Sinclair seguiram lentamente aonde Ronin olhava
dentro da ponte de comando.
“Puta merda!”
...
Fonte: Creepypasta Wiki.
Espalhem o medo!
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