“É talvez... Talvez... Às vezes, não parecemos o que somos.”
Já de início temos uma referência a Motörhead na primeira
página da história, já digo de início que esta graphic MSP é recheada de
referências a músicas. O design do cemitério me agradou bastante. A piada do
morto dizendo que não tem paz no cemitério foi uma sacada bem legal e a
aparição da cegonha foi algo realmente fascinante, a própria sombra dela
impondo muito respeito.
Eu apreciei muito as expressões faciais da Alminha, na
verdade achei ela de um design melhor do que o próprio Penadinho. Algo que será
recorrente nessa história será a tiração de sarro sobre o amor não
correspondido que Penadinho tem pela Alminha, está feita por Zé Vampir e
Muminho. A referência a música 2 minutes to midnight do Iron Maiden e a
referência a Mr. Crowley do Ozzy Osbourne foram muito bem posicionadas.
Admito que a cena em que o Frank ergue a cerca e assim
rompendo o próprio quadrinho me surpreendeu, realmente gostei desta cena. Uma
piada não intencional de Muminho, que disse que, roubar tesouro dos outros na
época dele era digno de maldição, foi bem engraçado, pouco depois seguido pela
cara de pavor do mesmo é digno de umas boas risadas.
A forma que a chuva é mostrada nessa HQ é realmente bonita.
Uma referência a música Creatures of the Night da banda Kiss foi uma referência
inteligente. O rapaz forasteiro que tenta afastar eles parece um youtuber que
eu aprecio muito, Mysterious Mr. Enter. A ideia de usar um mapa estilo Legendo of
Zelda pra poder mostrar todo o trajeto percorrido sem perder muitas páginas foi
genial, gosto desse visual de jogo antigo. Referencia a música The house on the
Hill da banda Mercyful Fate foi uma ótima sacada (e, diga-se de passagem, é uma
boa música também).
A Jarra de Almas tem dois pontos que me agradaram, as almas
girando dentro dela e a forma com que as laterais do quadro foram feitas
tremidas para dar uma sensação de morte mesmo, penosa, de sofrimento. Zé Vampir
ter gostado do estilo de roupas do Sr. Cowley, o garoto adora roupas estilo
fraque. Me surpreendi pelos tais trigêmeos serem tão, fofinhos. E a reação do
Frank ao ser atacado por um dos diabinhos foi impagável.
Os amuletos que a D. Morte tem no seu cajado. Apesar de eu
apreciar mais a D. Morte da saga da Umbra. Já a maneira em que a D. Morte
acabou com a bagunça de todas as almas livres foi bem, anti-profissional.
Gostei muito de ver como foram as notas e o trabalhão que
foi fazer esta HQ foi muito legal. E também ver as tirinhas antigonas de origem
dos personagens.
Enfim, esta entrou para as minhas favoritas da Graphic MSP,
seja com o traço meio dark que não deixa de demonstrar que a maioria dos
personagens ainda são crianças, ou pelas referências a músicas e algumas outras
coisas, ou pelo jeito como a história se desenrolou até o final.
A única coisa que me desagradou foi que no fim da história
dá-se a entender eu em algum lugar, um casal dará a luz a um bebê natimorto, em
vista que a alma de Alminha não reencarnou e não foi mencionado que a Cegonha
iria em busca de outra alma.
A meu ver, a história seria mais interessante se mostrasse
muitos anos no futuro, durante o enterro da garota que a alma de Alminha foi
reencarnar, poucos minutos depois do fim do funeral, ela se virasse e visse
Penadinho e este falasse “Esperei tantos anos para poder rever você, mas
valeram a pena. Esperaria séculos se fossem necessários, pois nosso amor vai
muito além da morte.”
See you, Virtual Cowboy!
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