segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Histórias Estranhas #35: Robô Sem Sorte

Podemos nos deparar com histórias estranhas mundo afora.
No último post vimos o desespero de um cara que recebia Ligações do Balneário.
Hoje veremos o relato de um cara sobre o que aconteceu durante um Halloween...

Robô Sem Sorte

Escrito por: Ipostatmidnight

Quando eu era jovem, não tinha sorte em fazer amigos. Não pelas razões normais – não era tão diferente das outras crianças da minha vizinhança, não era muito estranho, ou pelo menos não era naquela época. Não, era realmente bem normal, até aquela noite de Halloween quando minha sorte mudou.
Para minha fantasia naquele ano, vesti uma caixa de papelão envolvida em papel alumínio. Tinham luzes piscando e botões colados na frente e cortei dois buracos para meus braços, que eram cobertos com aquelas mangueiras de ventilação, com uma peneira de metal amarrado na minha cabeça e uma arma a laser feita de plástico. Era um verdadeiro robô assassino. Humanos tomem cuidado.
Minha mãe tirou fotos, então me seguiu pelas ruas conforme eu começava a fazer meus “pontos”. Tudo estava correndo bem até que chegamos à casa do Sr. O’Connell.
Como nós, o Sr. O’Connell era novo na cidade. Ainda o vejo como velho, mas provavelmente ele estava na meia idade. Ele também devia ser rico, provavelmente, porque ele estava dando barras de chocolates de tamanho grande e as notícias se espalharam rápido que a casa dele era o point para ir.
Quando cheguei lá e disse as palavras mágicas, ele me passou os chocolates, mas ele não parecia muito feliz quanto a isso. Para alguém que estava dando barras de chocolates das grandes, ele parecia amuado, como se o Halloween fosse um enorme aborrecimento. Mas, assim que inclinei meu coador para trás para poder agradecer, os olhos dele se arregalaram. Lembro-me que ele ficou boquiaberto por um momento, então ele estremeceu e mudou completamente a expressão com um sorriso bem largo.
“De nada.” Ele falou
Ele deve ter desligado as luzes da varanda assim que saímos de lá, porque mamãe percebeu bem rápido que ele estava seguindo a gente. Ele manteve uma certa distância, mas era bem óbvio que ele estava se escondendo atrás de árvores, arbustos e cercas.
Mamãe finalmente ficou farta. Ela me disse para ficar aonde estava enquanto ela voltava e ia confrontar ele. Não consegui entender o que ela dizia, mas a voz baixa e zangada que fez o Sr. O’Connell encolher-se. Ele manteve a cabeça balançando e pedindo desculpas, até que vi ele tirando e abrindo a carteira para mostrar a ela uma fotografia.
A mão de mamãe foi até a boca. Então ela tocou o braço dele e assentiu, e o Sr. O’Connell chegou perto e se ajoelhou ao meu lado. Agora ele tinha um sorriso triste no rosto.
“Você se parece muito com meu filho.” Ele disse
Ele forçou outra barra de chocolate na minha mão, cochichou algo e me fez prometer que não contaria nada a minha mãe.
Fui um bom menino. Fiz o que ele mandou. Ele me disse que seria um robô sortudo se ficasse quieto e comesse aquela barra de chocolate especial antes de qualquer outro doce que ele me deu. E fora uma pequena dor de barriga, eu acho que fui.
Mas, após aquela noite minha sorte não foi tão grande em fazer amigos.
Pois, após aquela noite, não tinha mais muitas crianças sobrando na minha vizinhança.

Fonte: SixPenceee

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