Podemos nos deparar com histórias estranhas mundo afora.
No último post vimos o desespero de um cara que recebia Ligações do Balneário.
Hoje veremos o relato de um cara sobre o que aconteceu durante um Halloween...
Robô Sem Sorte
Escrito por: Ipostatmidnight
Quando eu era jovem, não tinha sorte em fazer amigos. Não
pelas razões normais – não era tão diferente das outras crianças da minha
vizinhança, não era muito estranho, ou pelo menos não era naquela época. Não,
era realmente bem normal, até aquela noite de Halloween quando minha sorte
mudou.
Para minha fantasia naquele ano, vesti uma caixa de papelão
envolvida em papel alumínio. Tinham luzes piscando e botões colados na frente e
cortei dois buracos para meus braços, que eram cobertos com aquelas mangueiras
de ventilação, com uma peneira de metal amarrado na minha cabeça e uma arma a
laser feita de plástico. Era um verdadeiro robô assassino. Humanos tomem
cuidado.
Minha mãe tirou fotos, então me seguiu pelas ruas conforme
eu começava a fazer meus “pontos”. Tudo estava correndo bem até que chegamos à
casa do Sr. O’Connell.
Como nós, o Sr. O’Connell era novo na cidade. Ainda o vejo
como velho, mas provavelmente ele estava na meia idade. Ele também devia ser
rico, provavelmente, porque ele estava dando barras de chocolates de tamanho
grande e as notícias se espalharam rápido que a casa dele era o point para ir.
Quando cheguei lá e disse as palavras mágicas, ele me passou
os chocolates, mas ele não parecia muito feliz quanto a isso. Para alguém que
estava dando barras de chocolates das grandes, ele parecia amuado, como se o
Halloween fosse um enorme aborrecimento. Mas, assim que inclinei meu coador para
trás para poder agradecer, os olhos dele se arregalaram. Lembro-me que ele
ficou boquiaberto por um momento, então ele estremeceu e mudou completamente a
expressão com um sorriso bem largo.
“De nada.” Ele falou
Ele deve ter desligado as luzes da varanda assim que saímos
de lá, porque mamãe percebeu bem rápido que ele estava seguindo a gente. Ele
manteve uma certa distância, mas era bem óbvio que ele estava se escondendo
atrás de árvores, arbustos e cercas.
Mamãe finalmente ficou farta. Ela me disse para ficar aonde
estava enquanto ela voltava e ia confrontar ele. Não consegui entender o que
ela dizia, mas a voz baixa e zangada que fez o Sr. O’Connell encolher-se. Ele
manteve a cabeça balançando e pedindo desculpas, até que vi ele tirando e
abrindo a carteira para mostrar a ela uma fotografia.
A mão de mamãe foi até a boca. Então ela tocou o braço dele
e assentiu, e o Sr. O’Connell chegou perto e se ajoelhou ao meu lado. Agora ele
tinha um sorriso triste no rosto.
“Você se parece muito com meu filho.” Ele disse
Ele forçou outra barra de chocolate na minha mão, cochichou
algo e me fez prometer que não contaria nada a minha mãe.
Fui um bom menino. Fiz o que ele mandou. Ele me disse que
seria um robô sortudo se ficasse quieto e comesse aquela barra de chocolate
especial antes de qualquer outro doce que ele me deu. E fora uma pequena dor de
barriga, eu acho que fui.
Mas, após aquela noite minha sorte não foi tão grande em
fazer amigos.
Pois, após aquela noite, não tinha mais muitas crianças
sobrando na minha vizinhança.
Fonte: SixPenceee
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