Podemos nos deparar com histórias bizarras e estranhas mundo a fora.
No último post, vimos que os Pokémons de fitas diferentes sentem raiva quando são esquecidos.
Hoje veremos a história de um cara que se deparou com uma espécie de maldição durante uma viagem.
Circulo
Postado
originalmente por Allen Jacoby em /x/, /b/ e por alguma rasão desconhecida em
/d/. A creepypasta ainda pode ser encontrada no blog do Jacob pelo endereço: http://terriblygoodstuff.blogspot.com/2011/06/circle-creepypasta.html.
OK,
pessoal. Estou aqui porque preciso da ajuda de vocês. Não tenho muito tempo
(estará escuro em breve, entende?), mas eu sei que o 4chan em geral, é o lugar
pra ir quando você precisa achar alguma coisa ou alguém em um curto período de
tempo. Tudo que eu preciso é um nome. É muito tarde para mim, não conseguirei
fazer muita coisa, exceto repassar o nome. Essa é a chave para continuar vivo, o
nome. Isso me lembra Doctor Who, não é? Toda vez que o Doctor descobria o nome
da coisa, seja lá o que fosse, parava na hora e ele dizia algo chistoso ou
descobria como derrotar a coisa, ou pelo menos ele conseguia fugir com seu
ajudante. Maldito Doctor Who. Referências super nerds num momento como esse.
Mas, estou exausto. O Sol está se pondo. Então aquilo virá atrás de mim.
Tudo
começou no verão passado. Eu tinha acabado de receber meu bacharelado em
filosofia (soa como um desperdício de dinheiro, mas eu já tenho um emprego ao
meu dispor, sorte minha, eu acho) e meu meio-irmão, a namorada dele e eu
estávamos atravessando a Europa. Nós somos garotos brancos, riquinhos e
mimados, exceto a namorada do meu meio-irmão, Sarah. Ela é mimada, rica e
grega. De qualquer forma, nós demos a volta completa, começando pela
Inglaterra, depois pela França e em todo o continente, foi realmente legal. Uma
experiência incrível, mesmo que isso custe muito dinheiro.Nós planejamos
concluir nossa viagem na Grécia, aonde a família da namorada do Dave (esse é meu
meio-irmão) tem algumas propriedades em uma ilha. Ela e Dave viviam brincando
que iam me fazer namorar uma das primas dela e eu estava ficando muito ansioso
por isso. Alem de que eu estava melhorando e me aprimorando em mitologia grega,
então estava esperando aprender todo tipo de coisas maneiras e talvez ver
algumas ruínas. Eu as vi, tudo bem, mas eu desejava não ter visto elas. Mas, eu
chegarei lá.
Então
chegamos a ilha e conhecemos a família da Sarah, e as primas dela são bem
gatas, bonitas pra caramba, mas elas não quiseram nada comigo. Na verdade, elas
pareciam estar mais interessadas no Dave, o que chateou a Sarah, mais do que
qualquer coisa. Então ela me usou como desculpa para afastar o Dave delas e
fomos ver algumas cavernas no outro lado da ilha. O que arruinou as minhas
chances com aquelas fabulosas garotas gregas, mais ainda, mas foda-se, eu sou
um nerd, cavernas são legais e eu queria vê-las. Então, saímos e fomos. E quando
chegamos lá, era tudo que pode-se esperar. As praias tinham areia branca, eram
bonitas e ensolaradas. Essas cavernas eram vulcânicas ou algo assim, eu não sei
ao certo, mas as pedras eram pretas e brilhantes, tipo, com um perfeito
contraste pra fotos. Sarah foi a frente, conversando com a gente o tempo todo,
agarrada no Dave. Posso dizer, eles estavam ficando bem românticos e eles nunca
me quiseram fazendo companhia (eu fui apenas uma desculpa para se afastarem),
então decidi ser educado. Eu sei, você nunca sai sozinho num filme de terror,
mas era uma pequena, bela e ensolarada ilha na Grécia, não podia ter mais de uma
milha quadrada e eu tinha uma lanterna. Enquanto David e Sarah ficaram na parte
principal da caverna, se beijando, eu liguei minha lanterna e segui mais fundo,
eu podia notar que estava desviando um pouco para a direita e descendo um
pouco, mas isso não me preocupava, vocês vêem, esta é a diferença. Em filmes e
histórias de terror você sempre se preocupa antes das coisas ruins acontecerem,
mas eu não me preocupei. Nada de cabelos em pé, sem arrepios, somente a calma.
E eu ainda conseguia respirar normalmente e caminhar também (só estava me agachando
um pouco) quando do nada o chão acabou. Caí por alguns segundos dentro de um
buraco escuro.
Bati
contra o chão com força. Depois fui descobrir que tinha fraturado o meu cóccix,
mas no momento era apenas uma dor que me aborrecia. Eu caí sobre o que parecia
ser um monte de galhos secos e eu ainda tinha derrubado a lanterna. Mesmo
assim, ainda não tinha entrado em pânico, a lanterna era uma daquelas
super-resistentes tipo Mag-Lite **nota do tradutor: tipo aquelas lanternas de
segurança** e eu tinha certeza de que poderia encontrá-la. E esse tipo de
certeza, meus amigos, é recompensável. Meus dedos se fecharam em volta do metal
frio da lanterna e eu devo admitir, houve um momento que eu estava com medo de
ligá-la. Eu murmurei uma prece pra seja lá pudesse ouvir e parei meu polegar
parado um pouco antes de empurrar o botão de borracha. A lanterna iluminou logo
a minha frente, mas quase desejei que não tivesse, pois eu podia ver todo o
chão em volta de mim e aquilo que parecia velhos e secos galhos, eram ossos.
Velhos
mesmo, como posso dizer, tipo, poderiam ser ossos do Socrates, é esse nível de
velho que eles eram, quebrando bem em baixo de mim. Depois de mais ou menos um
minuto, superei meu pânico e comecei a olhar em volta, objetivamente. Tinha
muitos ossos, o bastante para cobrir todo o chão daquele espaço de 10 pés por
10 pés. As paredes eram bem escuras, o mesmo material vulcânico que o resto da
caverna, exceto por um ponto, estava a mais ou menos 5 pés do chão, algo foi
pintado em vermelho na parede. Um círculo. Somente um inofensivo e discreto
círculo, embora ele tivesse sido pintado num vermelho entorpecido que
praticamente tinha cara de ser sangue humano. Omiti um arrepio e andei até
aquilo, meus pés esmagando e quebrando ossos, mais ossos e mais ossos secos
(haha), cheguei bem perto, a luz da lanterna brilhando nele, ainda assim,
parecia bem inocente, só estava fora de lugar. Então aproximei meu dedo e
gentilmente toquei o círculo vermelho. Então eu senti. Todo o medo e pavor que
eu deveria ter sentido desde o momento que eu caí naquele lugar. Eu podia
sentir algo, como o sangue, os gritos e a dor passando pelas paredes daquela
pequena câmara, como se fossem camadas de tinta e antes de perceber, eu estava
gritando, não clamando por ajuda, somente um grito gutural, tipo de homem das
cavernas. Dave e Sarah me acharam quase que no mesmo momento. Eu não consigo me
lembrar deles aparecendo, ou me tirando daquele lugar, mas eu devo ter
continuado gritando até eles me tirarem de lá, porque enquanto continuamos a
viagem, eles continuaram a me perguntar o que foi que eu tinha visto. Eu não
podia contar a eles sobre o círculo, não sei porque. Sempre que eles me
perguntavam, eu respondia pra eles “Ossos. Eu vi ossos.” E na maior parte do
tempo, eles me deixaram sozinho. Eles tinham um ao outro. A viagem acabou dois
dias depois e eu estava aliviado de subir no avião. Pois desde que eu tinha
saído daquela caverna, não conseguia dormir. E eu não sou o tipo de cara que
consegue ficar dias sem dormir, caramba, não gosto nem de ficar acordado até
tarde. Mas após a noite que saí da caverna, não conseguia só me deitava,
acordado, não conseguindo me mexer, apenas sentindo ansiedade por algum
motivo. Toda vez que fechava meus olhos, sentia que precisava escancará-los na
hora. A segunda noite depois da caverna, a noite antes de irmos pra casa, foi
pior. Não era mais só a ansiedade. Era a sensação de que algo estava fazendo
com que eu ficasse ansioso. Meus olhos, constantemente, observavam toda a
escuridão, obcecado pela sensação de que alguma entidade rastejando fora do
alcance da minha visão, me perseguindo, me assistindo. Nunca vi nada, nenhum
monstro, só sentia. Mas, no segundo que pus o pé dentro daquele avião, me senti
protegido. Seguro. Dormi todas as 10 horas que levaram para chegar em casa e me
senti descansado o bastante para esquecer de todo o sofrimento.
Até
aquilo me surpreender. Não sei exatamente quanto tempo se passou, não mais que
duas semanas e para falar a verdade, eu tinha me esquecido de todo aquela
bizarrice. Tinha acabado de começar uma posição de administrador num escritório
de um amigo da faculdade e estava me encaixando (muito bem até) a todo aquele
dinheiro que eu ia faturar. A vida ia bem, eu estava feliz, tudo indo bem,
blá-blá-blá. Então aquilo me surpreendeu. A primeira noite foi a mesma coisa,
só ansiedade, preocupação, a inabilidade de dormir. Eu sabia o que era, mas
achei que estava repassando a experiência, ou era desadaptação para trabalhar
ou algo assim. Tentei parar com isso racionalmente e esquecer disso. A noite
anterior a isso, eu até consegui dormir. Claro, na terceira noite, a ansiedade
estava de volta e como uma vingança, fiquei sentado na cama a noite toda, luzes
acesas, procurando e escutando alguma coisa, algo que estava lá fora, caçando.
Isso foi a duas semanas atrás.
Eu sei que vocês não
acreditam em mim. Ignorando tudo que eu falei de monstros, uma pessoa não
consegue viver muito bem sem dormir, mas eu estava conseguindo. Eu tirei uns
cochilos, talvez foi isso que me permitiu continuar. Mas a cada noite, a
ansiedade ficava mais e mais forte, e com aquela sensação de que algo estava
lá, me prejudicava. Eu sabia da existência dele, sabia que ele era algo
concreto, um monstro que existia, mas não sabia ao certo o que ele era. Se eu
soubesse ao menos o que ele é, qual é a aparência dele, o que ele queria, eu poderia
pará-lo... Ou lutar contra ele... ou fugir. A quem eu quero enganar? O que
aquilo quer? Aquilo quer a mim! E mesmo com um nome, eu não poderia lutar
contra aquilo. Mas talvez, caso descubra o que aquilo é, antes de ser pego, eu
escreverei o seu nome nas paredes. Ou desenhar um círculo. De qualquer forma, a
hora chegou. O Sol se pôs, posso realmente sentí-lo. Essa noite, é a noite.
Aquilo está faminto.
Fonte: Creepypasta Wiki.
Bom pessoal, agora o quadro Histórias Estranhas será postado em toda sexta feira e também em todo dia 13 de todos os meses.
Até o próximo Histórias Estranhas!
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